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Ministro reconhece problemas no SUS

Na Santa Casa, ministro Saraiva Felipe conheceu Murilo, paciente que vive com dois corações depois de receber transplante

ODILON RIOS

O ministro da Saúde, Saraiva Felipe, esteve ontem em Alagoas, a convite do presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB), e reconheceu que o Sistema Único de Saúde (SUS) passa por problemas nas áreas de gerenciamento e financiamento. Ele prometeu melhorar os investimentos no sistema e se colocou como “defensor da saúde pública e gratuita”.

Além disso, o ministro disse que fará um estudo para reajustar a tabela e o teto de pagamento aos hospitais, que são procedimentos financiadores de serviços de saúde pública, como cirurgias e atendimentos, a unidades em todo o País. “Estão defasados [o teto e a tabela], não há correção há oito anos e, se pensarmos na questão da tabela, há procedimentos cujos valores básicos do SUS são muito defasados, o que implica em que instituições filantrópicas passem por dificuldades grandes”, reconheceu o ministro.

Para o reajuste da tabela e do teto, serão levadas em conta, segundo o ministro, as diferenças regionais no País. “Acho que o SUS tem muitos problemas, mas minha tarefa é a de fortalecer o sistema, reconhecendo que ele é subfinanciado e ainda tem problemas gerenciais”, disse Felipe. Ele ainda detalhou investimentos feitos pelo ministério em Alagoas nos últimos três meses, mas não ofereceu prazos para a construção do Hospital Geral, reivindicação do governo estadual, com previsão de funcionar em um terreno desapropriado, ao lado da Escola de Ciências Médicas, no Trapiche da Barra, próximo à Unidade de Emergência Armando Lages.

Em visita à Santa Casa de Misericórdia, Saraiva Felipe se disse “impressionado com o avanço”, como chamou, da medicina alagoana, depois de conversar com o paciente, Murilo, de 60 anos, que vive com dois corações após receber um transplante. “Cirurgias como essa os planos de saúde não cobrem. O SUS continua, aqui no Nordeste, sendo fundamental para que a população pobre possa ser atendida”, contou. Ele elogiou a equipe do cardiologista José Wanderley Neto, que fez o transplante.

Em um balanço da área da saúde, Saraiva Felipe disse que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem agindo de maneira “positiva”. Dados oferecidos por ele dão conta de que 80 milhões de pessoas são atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos estados. Além disso, até fevereiro vão existir no País mais de 400 farmácias populares, e mais investimentos em convênios, na área de saúde, com estados e municípios. “Só vejo a solução para a doença na medida em que descentralizarmos o atendimento”, comentou. Na área de transplantes, também com dados oferecidos pelo ministro, em 2002 foram feitos 15 mil. Em 2005, 41 mil. “Na área social, temos o Bolsa-Família avançando no País”, avaliou. Na visita ao Estado, o ministro almoçou com prefeitos e falou sobre política, além de opinar sobre os destinos do PMDB no governo Lula.