CAMPANHA GAC precisa de solidariedade para manter a ajuda aos pacientes com câncer
O mês mais solidário do ano começou e o Grupo de Apoio à Criança Carente com Câncer em Pernambuco (GAC-PE) deposita no espírito natalino a esperança de dias melhores para os pacientes atendidos pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), na área central do Recife. Através da campanha Patronos do GAC – Seja a esperança na vida de uma criança, a instituição lança um apelo à sociedade para apadrinhar uma das crianças, contribuindo com o valor mensal de seu tratamento.
Para atender cerca de 800 crianças e adolescentes, o GAC desembolsa R$ 200 mil por mês. São fraldas, alimentos, produtos de higiene, medicamentos e exames para crianças carentes que vêm do interior de Pernambuco e de Estados vizinhos em busca de cura, muita vezes sem nada além da roupa do corpo. Cada um desses pacientes custa, mensalmente, R$ 236,54 para a ONG.
“Nossa arrecadação está caindo e está ficando difícil manter as ações para as crianças. Lançamos a campanha como um pedido de ajuda, pois sobrevivemos das doações. Caso o valor seja alto, pedimos que as pessoas compartilhem com suas famílias. Se, por exemplo, dez pessoas dividirem, fica pouco mais de R$ 20 para cada”, argumenta a médica Vera Morais, presidente do GAC.
As necessidades são muitas. “Falta praticamente tudo. Além das crianças, prestamos assistência também às famílias. É um pacote completo. O GAC compra cateteres, paga exames em outros Estados e tenta suprir as deficiências do hospital. Tudo isso tem um custo. Precisamos de solidariedade”, afirma a presidente.
Ao todo, são 70 pacientes ambulatoriais e outros 24 em situação de internamento. Todos são atendidos no Centro de OncoHematologia Pediátrica (CEONHPE) do Huoc. Para a voluntária Gabriela Maria Henrique, que está na ONG há oito meses, o atendimento do é fundamental para as crianças. “Aqui elas brincam e tiram o foco do tratamento. Pelo menos por um tempo, isso aqui deixa de ser um hospital”, afirma a advogada.
Giovanni Rattacaso Filho é médico e foi o primeiro padrinho a aderir à campanha. “Quis ajudar assim que soube da iniciativa. Quem trabalha na área da saúde tem uma ideia mais realista de quão agressivo o tratamento é e das necessidades desses pacientes, que muitas vezes vêm do interior, de famílias humildes e não podem pagar pelos tratamentos externos. Apesar da crise, muitos de nós temos condições de ajudar e dar a essas crianças a possibilidade de cura.”
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença é a que mais mata crianças e adolescentes no Brasil e a segunda causa de óbito no grupo etário, superada somente pelos acidentes e mortes violentas.
Para se tornar um patrono na luta contra o câncer infantojuvenil, basta entrar em contato com o GAC pelos telefones 3423.7633 ou 3423.7636. A contribuição também pode ser feita por depósito em conta ( Banco do Brasil, agência 0697-1, conta 7641-3).
12.600
é o número de novos casos de câncer infantojuvenil estimado pelo Inca para os anos de 2016 e 2017
2.750
novos casos deverão ser registrados no Nordeste. O número é o segundo maior, atrás apenas da Região Sudeste
2.724
crianças e adolescentes morreram no Brasil em decorrência do câncer em 2014 (dado mais recente)
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